Dialogando por aí...

Primeiras Conversas Ano passado ou retrasado, não lembro a data certa, participei de um curso do Programa de Alfabetização Audiovisual sobre Cinema Negro na Escola. Este ano teve outra edição do curso e me inscrevi para participar do mesmo. Eles apresentam curtas-metragens produzidos e com participação somente de pessoas negras para trabalhar na escola enfatizando a importância do audiovisual no contexto escolar e da representatividade, assim como um incentivo da produção audiovisual nas escolas. A formação em parceria com UFRGS garante a certificação pela participação do curso após enviar um texto a respeito do projeto. Como havia mencionado antes, fiz a inscrição do curso e recebi um e-mail solicitando que eu confirmasse a participação. Não entendi pois já havia respondido o formulário. Passaram se alguns dias e entraram em contato comigo via whatsapp esperando o meu email de resposta aceitando participar de um bate papo sobre o tema. Não me perguntem onde estava com a ca

Então, terminei de assistir a série "Dahmer - Um canibal americano", sobre o serial killer Jeffrey Dahmer. Gosto de assistir filmes ou séries baseados em fatos reais ou documentário.  Antes de assistir a série li vários comentários de pessoas que não conseguiram assistir até o final. Comecei a assistir e pensei "se for algo parecido com o massacre da serra elétrica que espirra sangue para todos os lados, eu paro de assistir ", mas é doloroso. Vou tentar não soltar spoiler (não sou obrigada a saber escrever essa palavra), mas na série tem várias questões pontuais como o "privilégio branco", o "racismo institucional" e como as vozes de pessoas negras não sou ouvidas e sua dor invisibilizada. A série de certa forma foi produzida em memória das vítimas.  É uma série dolorosa e traz a superfície sentimentos que você não gostaria de ter por um ser humano.  E pensar que estamos rodeados de pessoas com psicopatias e transtornos espalhadas por aí.  A ment

Cenas do cotidiano na Educação Infantil "...Ao cheiro das águas, brotará Como planta nova, florescerá Seus ramos se renovarão Não cessarão os seus frutos e viverá" Hoje ao chegar na sala de aula me deparei com está árvore da imagem. Atividade realizada pela professora Daniani que dividi a sala comigo na parte da tarde. O primeiro pensamento que me veio ao ver a árvore foi  "Que lindo!" E comecei a divagar sobre o dia da árvore, o setembro amarelo e a chegada da primavera. E logo me veio esse louvor em mente... "Há esperança para o ferido Como árvore cortado, marcado pela dor Ainda que na terra, envelheça a raiz E no chão, abandonado, o seu tronco morrer. Há esperança pra você" Ao cheiro das águas brotará como planta nova florescerá, seus ramos se renovarão. Não cessarão os seus frutos e viverá". A árvore mesmo com os galhos secos não perdeu a sua beleza e continuava esplendorosa chamando a atenção de todos. As crianças logo p

No Ensino Médio É, desta vez não será da Educação Infantil, que amo, mas de um cotidiano que não vejo muita diferença com o da educação infantil. Sobre as impressões que a arte tem o poder de causar no ser humano. Era uma visita guiada e de repente ela parou e ficou contemplando esta obra em silêncio, observou, analisou, pensou e de repente falou baixo com a amiga:  - Parece o galinheiro da minha casa. Entrei na conversa e curiosamente perguntei: - Por quê? - Estes arames me fazem lembrar o galinheiro da minha casa. Eu tenho uma obra de arte em casa. Quanto deve custar um quadro desse? - Uns dez mil será?_ chutei sem ter a mínima noção do valor. Perguntei a guia a respeito do valor do quadro. - Eles estão curiosos em saber o valor do quadro. Qual o valor? A guia respondeu: - Não tenho noção do valor, mas acredito, sei lá, dois milhões de reais? Seguimos para outra sala e outra aluna continuou o assunto: - Dois milhões? Eu faria questão de comprar um quadro deste e colocar n

Já dizia a frase popular: "Decepção não mata, ensina a viver" Confesso que sou uma colecionadora de decepções e elas não vem de pessoas distantes, afinal se fosse de pessoas distantes você não se importaria, mas de pessoas próximas. Com certeza já devo ter decepcionado várias pessoas que esperavam mais de mim.  No entanto, tais situações nos levam a questionar "Será que realmente a pessoa me conhece?", "Será que tem a mesma consideração que tenho por ela?" Por essas e outras razões que gosto de viver no meu mundinho no qual permito poucas pessoas se aproximarem.  Talvez ainda seja um pouco "Peter Pan" e  esqueci de crescer, talvez seja realmente a boba que aparento ser. Enfim, vivendo e aprendendo e como os meandros do rio vamos aprendendo a nos desdobrar aqui e ali.  E assim segue mais um dia...

Certa vez um amigo me falou sobre um livro que estava lendo chamado, se não me engano, momentos de solitude. Ele também me explicou sobre a diferença entre solitude e solidão. Umas semanas atrás conversava com uma colega de trabalho sobre a solitude, sobre o prazer de estar em nossa própria companhia. Hoje, primeiro dia de recesso em casa, estava refletindo sobre o prazer da minha própria companhia. Confesso que sou eu, eu mesmo e sem Irene ( parafraseando o filme do Jim Carey) ou mais recente "Vozes da Minha Cabeça", conversamos, refletimos e pensamos sobre a vida que acontece no agora. Não tinha planejado, pois como de práxis almoçaria na casa dos vizinhos que moram embaixo (meus pais), mas resolvi fazer um estrogonofe para almoçar. Cozinhar e lavar louça considero como uma terapia onde a mente barulhenta abaixa o volume e relaxa durante a atividade. Não me convide para cozinhar ou lavar louça na sua casa porque não o farei...rs. São momentos raros. E fazendo o